TROMBOSE VENOSA

PROFUNDA

Caracterizada pela formação de coágulos nas veias mais profundas de qualquer membro do corpo, geralmente na panturrilha e nas coxas, a trombose venosa profunda é uma doença que pode trazer vários malefícios a médio e longo prazo quando não é tratada corretamente.

O problema maior é que, muitas vezes, a doença pode se desenvolver de forma silenciosa, obstruindo ou dificultando o retorno do sangue para o coração, o que pode culminar em situações de embolia pulmonar, insuficiência venosa crônica e síndrome pós-trombótica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), essa doença é responsável por atingir cerca de 60 a cada 100.000 pessoas por ano.

Por isso, conhecer tudo sobre essa doença faz muita diferença na hora de obter um diagnóstico e tratamento precoce. Conheça sete informações que vão te ajudar nesse momento.

1. Como se formam os coágulos em casos de trombose profunda?

O desenvolvimento de coágulos é uma situação totalmente normal realizada pelo corpo para evitar qualquer tipo de hemorragia. No entanto, quando ocorre com frequência esse processo se torna muito preocupante.

Em casos de trombose venosa profunda, como o nome já diz, os coágulos se formam nas veias mais internas dos membros. E, na maior parte das vezes, essa situação é ocasionada por:

● lesões em uma veia;
● cirurgias;
● efeito colateral de medicamentos;
● imobilidade;
● celulites;
● obstrução de veia ou de um vaso linfático da pelve;
● cisto de Baker – que obstrui o retorno venoso;
● tumores que dificultam o retorno venoso.

Além disso, nos quadros mais graves podem acontecer outras complicações, como a embolia pulmonar. Essa consequência ocorre quando o coágulo se desprende da parede da veia, se move até o pulmão e causa a obstrução da artéria pulmonar.

Em alguns casos, dependendo do tamanho da artéria e da região comprometida, a movimentação desse coágulo pode ser fatal.

Por esse motivo, saber reconhecer os sintomas é fundamental.

2. Quais os sintomas da trombose venosa profunda?

Apesar de poder ser silenciosa, situação que dificulta o diagnóstico e o início de tratamento da trombose venosa profunda, esse problema costuma apresentar alguns sintomas.

O mais comum deles é o inchaço assimétrico (geralmente acomete somente um membro) e de início súbito. No entanto, esse não é o único sintoma.

2.1. Sintomas mais comuns de trombose venosa profunda

Nos casos em que os sintomas se manifestam, eles costumam ser muito limitantes e afetar totalmente a saúde do paciente.

Em quadros de TVP, os sintomas que mais se manifestam nos pacientes são:
● inchaço em uma das pernas, que costuma aumentar com o passar do tempo;
● dor repentina no local em que há a trombose venosa profunda, que se intensifica gradualmente;
● vermelhidão ou arroxeamento do local afetado;
● sensação de calor ao tocar na perna inchada;
● dilatação das veias – o que as deixa mais visíveis na pele;
● dor ao toque;
● pele mais rígida que o natural;
● dificuldade na hora de movimentar a região afetada.

Não dar atenção adequada a esses sintomas pode gerar uma evolução do quadro. O que pode levar a sérias complicações graves e difíceis de tratar.

3. Complicações da Trombose Venosa Profunda

Como já dito acima nesse texto, a TVP pode evoluir e causar vários malefícios para a saúde do paciente. Nessas situações, geralmente, o quadro do paciente pode evoluir para dois quadros extremamente graves e perigosos:

● A embolia pulmonar, que ocorre quando uma ou mais artérias do pulmão são obstruídas por um coágulo de sangue, impedindo a passagem do sangue e, consequentemente, causando morte progressiva da região. Essa complicação, em algumas vezes, pode ser fatal.

● A insuficiência venosa crônica e síndrome pós-trombótica, ocorre por conta do dano que o coágulo de sangue causa nas válvulas nas veias fazendo com que o sangue retorne. Pode causar desconfortos, inchaço nas pernas e erupção, descoloração ou úlceras na pele.

4. Quais são os fatores de risco da trombose venosa profunda?


Apesar da TVP se desenvolver por diversas razões distintas, existem fatores de risco que aumentam as chances do paciente ter um quadro de trombose venosa profunda.

Por exemplo, de acordo com a SBAVC, a partir dos 40 anos uma pessoa tem mais chances de desenvolver esse problema – e com o passar dos anos as chances vão aumentando -. Tanto que, cerca de 300 a 500 pacientes, a cada 100.000 pessoas com idade entre 70 e 79 anos, apresentam algum quadro de trombose venosa profunda.

Mas, os fatores de risco não acabam por aí.

4.1. Todos os fatores de risco de trombose venosa profunda

Apesar de muitos, os fatores de risco podem ser decisivos para o desenvolvimento do quadro. Por isso, evitá-los, sempre que possível, é a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento da doença.

Quando falamos de trombose venosa profunda, os fatores de risco são:

● predisposição genética;
● idade acima de 40 anos;
● gravidez e período após o parto;
● câncer;
● obesidade;
● tabagismo.
● utilização de anticoncepcionais e reposição hormonal;
● infecções;
● doenças cardíacas e pulmonares de situação grave;
● alteração de fatores de coagulação;
● lesões;
● falta de mobilidade ou paralisia;
● cirurgias de longa duração;
● viagens de longo período em que o paciente fica na mesma posição por muito tempo;
● varizes;
● trombofilias;
● desidratação.

Por isso, quando existe algum tipo de fator de risco é fundamental que você monitore sua saúde vascular regularmente para, se necessário, obter um diagnóstico preciso.

5. Como é feito o diagnóstico da trombose venosa profunda?


Para se chegar ao diagnóstico é necessária uma avaliação individualizada dos sintomas passado pelo paciente. No primeiro momento, será realizada uma anamnese para a identificação das queixas e da situação do paciente.

Em seguida, o profissional especializado na saúde do sistema vascular contará com o apoio de exames de imagem, como ultrassom com doppler, para a real identificação do problema e da região ou da veia que ele está afetando.

Além disso, também é possível solicitar a realização de um exame de sangue, chamado de D- Dímero, exame este que ajuda a excluir a suspeita de TVP.

Lembre-se: nos casos de doenças vasculares o ideal é sempre obter um diagnóstico precoce a fim de descobrir e tratar a doença o mais breve possível.

Está suspeitando de um quadro de trombose venosa profunda? Procure um especialista para avaliação e intervenção imediata.

6. Como é o tratamento da trombose venosa profunda?


Após o diagnóstico, o médico iniciará o tratamento que pode ser baseado em quatro principais abordagens (que, em alguns casos, podem ser associadas):

● Medicamentos anticoagulantes: que atua no bloqueio da ação das substâncias do organismo que favorecem a coagulação do sangue. Assim, o sangue fica mais líquido facilitando a circulação do sangue pelos vasos.

● Cirurgia: que, raramente, é indicada. Mas, em alguns casos, ela é obrigatória. O procedimento tem como objetivo prevenir a gangrena que coloca o membro comprometido em risco.

● Remédios trombolíticos: Mais utilizados em casos mais graves de trombose ou em pessoas mais jovens que estão sofrendo com o quadro, esse tratamento é baseado em substâncias injetáveis que dissolvem os coágulos presentes nas veias profundas. O uso desse medicamento pode durar alguns dias e deve ser administrado em ambiente hospitalar por conta do risco de complicações.

● filtro na veia cava inferior: Pode ajudar a prevenir a embolia pulmonar em pacientes com trombose venosa profunda nos membros inferiores, que possuem contraindicações para terapia com anticoagulantes ou que tem um quadro de trombose venosa profunda recorrente.

Além disso, meias de compressão também podem ser indicadas pelo médico para estimular a circulação sanguínea na região afetada.

7. Como prevenir a trombose venosa profunda?


Além de exames preventivos para checar a saúde vascular, alguns cuidados podem ser tomados para evitar o desenvolvimento de TVP, principalmente se o paciente faz parte de um dos grupos de risco já citados.

Entre os métodos de prevenção estão:

● Manter o peso ideal;
● Evitar o tabagismo;
● Não consumir bebidas alcoólicas;
● Praticar exercícios físicos regularmente;
● Controlar as taxas de açúcar, gordura e sal no sangue;

Para pacientes com predisposição ao desenvolvimento de trombose venosa profunda, que vão passar por uma longa cirurgia ou viagens longas com pouca movimentação, a utilização de meias de compressão, para auxiliar na circulação do sangue evitando a formação de coágulos, é fundamental.

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DR CRISTIANO GALINDO

Cirurgião Vascular

CRM: 11.623 / RQE: 10.533 e 11.396

A minha atuação é focada no tratamento e nas cirurgias de varizes. Através de  tecnologias avançadas e modernas, minimamente invasivas e com rápida recuperação, posso oferecer aos meus pacientes uma experiência humanizada e de excelência.

Acredito que a chave para o sucesso está na combinação de uma abordagem personalizada, onde cada paciente é tratado de forma única, e na dedicação constante em proporcionar um ambiente acolhedor e confortável.

 

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