TELANGIECTASIAS

VASINHOS

São chamadas de telangiectasias os pequenos vasos sanguíneos que se apresentam dilatados. Essa condição é bem comum nas pernas, nos pés e nos tornozelos e normalmente, possui uma coloração avermelhada ou arroxeada.

As telangiectasias são relacionadas as varizes e dependendo da resposta aos tratamentos, esses vasinhos podem ou não voltar a aparecer nas pernas.

Estudos da SBACV, Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, comprovam que 38% da população brasileira possuí varizes, 30% destes são atribuídos à homens e 45% à mulheres de todas as idades. Os casos são mais comuns em idosos acima de 70 anos e os fatores de risco são em geral a predisposição familiar, obesidade e gestações.

As telangiectasias não significa grandes risco à saúde. Seus principais sintomas são o incomodo, dor (leve), desconforto e queimação na região afetada.

 

1. Por que os vasinhos aparecem?

As principais causas relacionadas aos vasinhos são os problemas de circulação sanguínea e as varizes. Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, cerca de 38% dos brasileiros sofrem com as varizes e por isso, é considerada comum.

Pacientes com histórico familiar, uso de hormônios ou sobrepeso, estão entre as principais causas a telangiectasias, além disso, você sabia que passar por uma gestação também pode causar esses vasinhos? Isso ocorre pelo aumento da pressão dentro das veias.

1.1. Quais os sintomas dos vasinhos?
Embora não apresentem riscos severos à saúde dos pacientes, as telangiectasias são bastante indesejadas, principalmente entre o público feminino. Sua aparência avermelhada ou arroxeada pode deixar rastro por todo os membros inferiores. Mesmo as telangiectasias possam ser difíceis de enxergar a olho nu ou a distâncias maiores, muitas mulheres e homens deixam de usar saias, vestidos, shorts e bermudas.

Alguns pacientes podem relatar sentir que os vasinhos causam leves dores, queimação, desconforto e até coceira, na região afetada.

 

1.2. Quais os riscos?

 

As telangiectasias não possuem grandes riscos e seu avanço raramente causam preocupações nos médicos cirurgiões. Desta forma, alguns riscos possíveis são:

• Vermelhidão ao redor de injeções, que somem após um curto período de tempo.
• Manchas de cor marrom, que são causadas pelo encontro ou toque da pele com o ferro presente no sangue. Essa reação desaparece em até 6 meses em 95% dos casos.
• Hematomas roxos no local onde foi colhido sangue que somem após alguns dias.
• Pequenos nós de vasinhos ao redor de áreas tratadas, que desaparecem após alguns meses.
• Alergia a medicamentos injetados, que pode causar coceira.
• Pequenas feridas na região de injeção, que são classificadas como raras.

 

1.3. Diagnóstico e doenças relacionadas

 

As telangiectasias podem ser diagnosticadas através do exame físico. A presença dos vasos sanguíneos dilatados, que apresentem ou não variedade em tamanho ou espessura, além da tortuosidade dos vasos são analisados por um médico vascular.

Embora os vasinhos não apresentem riscos, outras doenças que se desenvolvem de forma simultânea precisam ser descartadas para sugestões de tratamento adequado.

São analisadas as varizes com características de fluxo sanguíneo alterado, de forma contrária ao habitual, que normalmente alimentam os vasinhos e os fazem crescer.

Algumas das doenças que podem ocorrer de forma concomitantes são:

• Telangiectasia Hemorrágica Hereditária: essa doença afeta os vasos responsáveis pela comunicação artério-venosa na zona mucosa de alguns órgãos. O rompimento desses vasos causa sangramentos severos.

• Doença de Sturge-Weber: essa doença causa manchas avermelhadas que se espalham por uma metade do rosto a partir do nascimento. A Doença de Sturge-Weber é considerada rara e é associada a alterações na visão, convulsões, fraqueza, déficits intelectuais e pode levar ao AVC.

• Doença de Klippel-Trenaunay ou Parkes-Weber: essa doença pode ser diagnosticada em crianças e adolescentes, se caracterizando pela formação ou aparição de manchas avermelhadas e varizes, a doença de Parkes-Weber costuma aparecer em apenas uma das pernas e a torna uma maior do que a outra.

 

2. Tratamento de vasinhos

 

As telangiectasias possuem diversas técnicas que podem ser aplicadas. Os métodos são normalmente discutidos após uma avaliação de quantidade, tamanho e calibre do vaso afetado. 

 

2.1. A importância do tratamento de vasinhos

Um especialista vascular deve ser consultado ao sentir os incômodos causados pelos vasinhos. Mesmo que, como visto anteriormente, eles não apresentem grandes riscos, as telangiectasias as vezes podem estar apontando para outros problemas vasculares.

Com auxílio, problemas de saúde maiores podem ser descartados facilmente.

 

2.2. Tratamentos para as telangiectasias.

Há diversos tratamentos para as telangiectasias. Muitos são não invasivos e permitem que o paciente continue sua vida normalmente após a aplicação da técnica, com tanto que ele siga todas as recomendações médicas de cuidado.

Abaixo, conheceremos alguns dos tratamentos.

 

2.2.1. Escleroterapia (“secagem dos vasinhos”)

O tratamento mais comum para os vasinhos é chamado de escleroterapia. O método consiste na injeção de líquido que, uma vez dentro das telangiectasias, resultam na destruição das paredes dos vasos, de forma que o mesmo seque.

Ainda neste método, há 3 tipos de soluções que podem ser aplicadas:

• Osmóticas: as injeções de glicose hipertônica, mais comum, ou solução salina hipertônica. Essas injeções causam a redução de água dentro das células que compõe a parede do vaso, o que leva a destruição celular.

• Químicas: feitas de glicerina cromatada ou salicilato de sódio. Essas injeções afetam o endotélio, um tecido ativo que trabalha para a manutenção vascular, até causar a destruição celular por meio da toxina injetada diretamente.

• Detergentes: constituídas por polidocanol ou tetradecil-sulfato de sódio. Possuí uma ação direta nas células que formam o endotélio. Esse medicamento é comumente utilizado na Escleroterapia com Espuma Densa.

O calibre, extensão e tortuosidade são determinantes para o número de sessões. Esse é um tratamento que possuí altos níveis de sucesso, onde há estimativas que apontam que cerca de 40-60% dos vasos dos pacientes são eliminados em cada sessão.

Ainda há casos de indivíduos que não respondem ao tratamento e são encaminhados para outros métodos.

 

2.2.2. Crioescleroterapia

 

A crioescleroterapia é muito semelhante à escleroterapia.

Para essa técnica, é necessário o uso de um equipamento médico para resfriamento da solução que será utilizada. A temperatura do líquido deve chegar a -20° Celsius para ser então aplicada no paciente. Nesse momento, o líquido se transforma em uma substância com aspecto gelatinoso.

A temperatura baixa promove a destruição térmica das paredes das telangiectasias e aumentam a eficácia do tratamento, além de amenizar as sensações de dor e queimação durante e após a aplicação.

 

2.2.3. Espuma densa de Polidocanol

 

O polidocanol é uma das substâncias usadas na secagem convencional. Sua mistura com gás carbônico ou ar, em concentrações e proporções corretas, levam a formação da espuma de polidocanol.

Essa espuma é versátil e por isso, pode ser utilizado em vasos de diferentes calibres e até mesmo em uma safena doente. Sua injeção no vaso causa a ocupação da veia, o que causa a destruição do tecido do endotélio.

Essa técnica é mais indicada a casos em que os vasos aparentem um tratamento dificultoso, varizes severas ou pacientes que não apresentem condições de saúde propicias para cirurgias.

Além disso, o método pode causar manchas marrons nas regiões aplicadas. O índice ocorre em 30% dos pacientes, embora sejam raros os casos em que as manchas persistam.

 

2.2.4. Laser

 

O laser é um método pouco invasivo, já que não é necessário a inserção de agulhas e raramente apresentam reações alérgicas. Para a “secagem” dos vasos por meio do laser, é utilizado um equipamento que por meio de um feixe de luz, atravessa a pele e age sob os vasos afetados, os queimando e destruindo.

Embora minimamente invasivo, o laser ainda pode causar manchas na pele e leve desconforto (causada pelo processo de aquecimento). Além disso, é um método que possuí impedimentos como a tonalidade da pele, bronzeamento recente, veias e vasos com calibres maiores, profundidade e região.

 

2.2.5. Microcirurgia

Microcirurgias são o método mais invasivo e por isso, os pacientes passam por uma avaliação cuidadosa antes de ser submetido ao método.

Nesse caso, a microcirurgia é aplicada quando a vasos maiores, que além de bloquear o fluxo sanguíneo, alimentam as telangiectasias e podem criar outros. Nesse caso, o uso de métodos vistos anteriormente pode não surgir efeito.

A microcirurgia pode ser feita em consultório usando ou em um ambiente hospitalar, sob o uso de anestesia e sedação. Além disso, há formas de combinar técnicas de escleroterapia para a retirada desses vasos que nutrem as telangiectasias ou criam novos vasos.

 

3. Pós-tratamento de vasinhos

Os tratamentos feitos através da escleroterapia não costumam necessitar de repouso. O paciente pode retornar a suas atividades cotidianas, buscando apenas evitar exposições solares por cerca de 20 dias, que podem causar manchas na região da aplicação, ou a realização de atividades físicas pesadas em poucos dias após a realização dos procedimentos.

 

DR CRISTIANO GALINDO

Cirurgião Vascular

CRM: 11.623 / RQE: 10.533 e 11.396

A minha atuação é focada no tratamento e nas cirurgias de varizes. Através de  tecnologias avançadas e modernas, minimamente invasivas e com rápida recuperação, posso oferecer aos meus pacientes uma experiência humanizada e de excelência.

Acredito que a chave para o sucesso está na combinação de uma abordagem personalizada, onde cada paciente é tratado de forma única, e na dedicação constante em proporcionar um ambiente acolhedor e confortável.

 

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